segunda-feira, 23 de março de 2009

Assemelhando-se

É interessante como os nossos filhos nos surpreendem com questões que se tornam contundentes afirmações.

Em um certo dia estava eu compenetrado em meus estudos quando de repente ouvi os pequenos passos de Arthur que acabara de entrar em meu escritório. Por essa época devia ele ter por volta de dois anos de idade. Após me chamar, perguntou-me:

- Papai, quando a gente ama a gente fica parecido?

Depois de ouvi-lo somente pude transformar a sua pergunta em uma declaração:

- É, filho, quando a gente ama a gente fica parecido!

Essa conclusão levou-me a analisar aspectos inerentes à realidade do amor na vida de uma pessoa.

O amor que eu digo possuir faz-me mais próximo e coerente com o ser amado. Assim, quando digo que amo a Deus, tornar-me-ei mais parecido com Ele, mais semelhante à Sua expressa imagem em Jesus Cristo. Dessa forma, posso entender o porquê da exortação bíblica: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 João 2:15). Se vier a amar o mundo, mais parecido com ele serei, todavia se amar completamente o Pai, com Ele me assemelharei.

O amor expresso atrai o ser amado e o conquista, pois evidencia o bem que se está disposto a conceder e é na semelhança que se faz compreendido. “De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí.” (Jeremias 31:3). Em Cristo Jesus temos a realidade dessa afirmação, pois ao amar os homens, semelhante a eles se tornou para que fosse compreendido.

Devemos atrair as pessoas pelo amor e permitir que a nossa proximidade de Deus as conduza à fonte inesgotável de amor e, assim, que fiquem parecidos com Ele.

Roberto Montechiari Werneck

Nenhum comentário: